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"MINHA CIRURGIA FOI DIA 6 DE MARÇO DE 2012

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


Para quem já tentou em vão emagrecer de todas as formas, nada é mais frustrante do que ouvir do médico a velha recomendação de comer menos e exercitar-se com frequência. A conta sempre foi uma só: quem gasta menos calorias do que come engorda. Quem chega ao fim do dia tendo queimado mais calorias do que as ingeridas emagrece. Até aí, nada de novo. A novidade vem de outra área. Vem do sucesso das dietas – e dos medicamentos – que prometem mexer nos parafusos da bioquímica humana para fazer a máquina corporal queimar gorduras com muito mais eficiência. Opções não faltam.


Dietas radicais entram e saem de moda como os cortes de cabelo ou o comprimento das saias. Mas nunca se viu esquema alimentar causar tanto furor quanto a dieta proposta pelo americano Robert Atkins. Esqueça os chás, as pílulas de ervas, a irritante contagem de calorias ou as refeições insatisfatórias à base de vegetais, peixes e carnes magras. Atkins sustenta que, para emagrecer rapidamente e continuar magros, os obesos podem comer gorduras e proteínas à vontade – carne vermelha, ovos e manteiga. Ao mesmo tempo, devem evitar a ingestão de carboidratos – ou seja, pães, farinha e macarrão. Açúcar, doces, chocolates, pudins, então, não podem nem passar perto da mesa.

Na guerra das dietas, o também americano Dean Ornish está no extremo oposto de Atkins. Ele sustenta ter conseguido não apenas evitar doenças cardíacas mas reverter lesões coronarianas com orações, meditação e uma dieta riquíssima em frutas, grãos integrais e totalmente destituída de qualquer alimento de origem animal: nada de leite, carnes brancas nem peixes. Na dieta de Ornish todas as gorduras somadas não podem passar de 10% dos ingredientes ingeridos no decorrer de um dia. “Falar que bacon e salsicha fazem bem é um ótimo jeito de vender livros, mas é uma atitude irresponsável e coloca a saúde daqueles que seguem a dieta em risco”, disse Ornish, em uma crítica ao concorrente Atkins.

Quando o tema é dietas e emagrecimento, o assunto gordura está sempre em pauta. Em 2006, a Associação Médica Americana publicou o maior estudo já realizado no mundo para avaliar o papel da dieta pobre em gorduras na prevenção de doenças cardíacas e câncer. O resultado surpreendeu porque está na contramão de todas as evidências recolhidas sobre a influência dos alimentos na manutenção da saúde. Segundo seus autores, comer pouco e se basear em refeições escassas em gorduras e ricas em grãos, frutas, verduras e legumes não garante a redução dos riscos de distúrbios vasculares e tumores colorretais e de mama. O resultado chamou a atenção daqueles que seguem a cartilha dos médicos e nutricionistas, segundo a qual é possível prevenir doenças pelo que se coloca no prato. Apesar do alvoroço da grande base de dados do trabalho, o estudo está longe de ser conclusivo.

Na luta pelo emagrecimento, muitas vezes as dietas não são suficientes. Para muitos, a solução está nas prateleiras da farmácia. E aí, uma pílula azul promete milagres: o Xenical. O medicamento, fabricado pelo laboratório Roche, é líder mundial em vendas entre os remédios para emagrecer e, no Brasil, abocanha 20% desse mercado. A chave do sucesso é a promessa do paraíso: comer sem engordar. Lançado no Brasil em outubro de 1998, o medicamento tinha a capacidade de impedir a absorção de 30% de toda a gordura ingerida pelo organismo. Assim, as refeições um pouco mais gordurosas e calóricas poderiam ser consumidas sem muitas restrições. A consequência mais incômoda eram as diarréias – desconforto que não atrapalhava o estrondoso sucesso de vendas.

Apesar da variedade de alternativas que surgem de tempos em tempos para aqueles que lutam contra a balança, a nutrição continua sendo um dos ramos mais especulativos da medicina. Consenso mesmo, apenas um: independente da eventual seriedade do método, nenhuma solução adiantará enquanto o próprio paciente não se decidir realmente a emagrecer. E os gordos concordam. Na verdade, há gordos e gordos. Existem os que necessitam de um tratamento, os obesos. Existem os que se encontram acima do peso – ligeira ou acentuadamente – e por isso se cuidam. E, finalmente, vem a classe dos que não têm problema de gordura, mas se incorporam aos fiéis das dietas por mera preocupação estética ou porque estão possuídos, apesar de magros, pelo medo de engordar.

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